Dados da Vara da Infância e da Juventude, mostraram que nos últimos cinco anos, incluindo somente os dados que chegaram ao Juizado, a cada 48 horas, 3 crianças e adolescentes desaparecem no Rio. Nos últimos anos foram 1.019 crianças e jovens cujo paradeiro não foi detectado pelo Estado.
Trabalhadores públicos da justiça dão um panorama do problema destes jovens. Marilurdes, afirma que a violência familiar e as drogas - "nessa ordem" - estão tirando as crianças de casa ( O Estado de S. Paulo , 12/12/2005). "Por trás desses desaparecimentos existe grande quantidade de fugas, motivadas por maus-tratos ou outras desavenças familiares, o que torna a solução dos casos, sob o ponto de vista do Juizado, muito mais complexa." ( Idem )
Outro caso ainda mais alarmante é o da cidade de São Paulo. Pelos dados do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) , a média anual de desaparecimentos no Estado varia entre 17 mil e 18 mil casos, sendo 48% deles com menos de 18 anos. Em média, 10% são pessoas encontradas mortas, ou seja, não se considera desaparecimento.
A calamidade em que se encontra a juventude parte não só da total omissão do Estado patronal em relação a dados alarmantes como estes que são escondidos da população. Esta manifestação é resultado final de um processo de profunda ofensiva contra a estrutura familiar da imensa maioria da população, dos trabalhadores cada vez mais jogados à miséria completa.
O regime capitalista, retira da camada mais oprimida da juventude todas as possibilidades de sobrevivências e cria a opção de indigência e da marginalidade, as quais são as maiores causas de desaparecimento.
Postado em: Causa Operária On Line, 21 de dezembro de 2005.
2 comentários:
Alô Brasil! De portugal, ficam aqui votos de Feliz Natal :)
Oi,
Gostei bastante deste texto!
Não podia faltar a "espetada" ao capitalismo, né!!
:)
Beijos,
Cris
Postar um comentário